27 de out. de 2009

Varejo transforma crise em aumento de venda

A crise financeira global na verdade levou redes como Renner, Telhanorte e Drogasil a saírem até melhor do período de turbulências e com expectativa de terem um 2010 de grande crescimento. Isso porque aproveitaram o momento para se consolidar e avançar em suas áreas, com redução de gastos e revisão de contratos. A Renner viu suas vendas caírem 12% nas mesmas lojas no primeiro trimestre deste ano, em função da retração do mercado e de pequenos erros de ajustes de estoque, mas conseguiu reverter a queda e fez mudanças que já desejava realizar antes. O CEO da Renner, José Galló, destacou que houve uma grande mobilização de funcionários (são quase 11 mil nas 118 lojas da rede), mostrando que a empresa estava preparada, mas que precisaria de empenho. Todos os contratos foram revistos. A companhia também reduziu um pouco a participação de importados e baixou preços no período, mas buscou manter seu perfil de público [A, B e C+], sem cair na tentação de passar a focar a classe C, que teve o maior crescimento de renda. Para o Natal, a expectativa é otimista e prevê contratação de funcionários temporários. Galló ainda disse que o setor de perfumaria foi um dos que mais cresceu na crise e deve continuar a apostar nesse mercado, entrando no comércio eletrônico com a venda de relógios e perfumes no início de 2010. No final do ano farão experiência com o site, que terá sua logística separada das lojas físicas e terceirizada. Fernando Castro, do Grupo Saint-Gobain e ex-presidente da rede de material de construção Telhanorte, afirmou que quase não sentiu a crise e na verdade espera um bom segundo semestre, período que concentra 58% das vendas da rede. "Tem que ter um bom radar para passar bem pelas turbulências, os que estão se dando bem agora se posicionaram já pensando no pós-crise". Na Drogasil, uma das líderes do varejo farmacêutico, Cláudio Roberto Ely, presidente da rede, afirmou que também houve avanço e ganho de mercado com a crise. "Temos que investir muito nos processos internos e houve ainda um forte endomarketing, é o funcionário que vai fazer o negócio, é importante a certeza e estampar que a empresa vai vencer". Mercado e Consumo

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