24 de nov. de 2009

Brasil caminha para se tornar a quinta maior economia mundial na próxima década

Não há muito o que o governo brasileiro possa fazer para impedir a valorização do real neste momento. Eleito a bola da vez pelos investidores estrangeiros, o país também precisa lidar com um cenário desfavorável ao controle do câmbio - os juros estão muito baixos nos países desenvolvidos, e a economia brasileira é uma das mais saudáveis neste momento, o que atrai o apetite do capital externo. A avaliação é do economista Jim O’Neil, chefe da área de pesquisa econômica global do banco Goldman Sachs e criador da célebre sigla Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), usada para designar os países emergentes que se sobressairiam no futuro.
Eu tenho uma certa simpatia pelas autoridades brasileiras. Eles estão certos em se preocupar se o real está sobrevalorizado ou se uma parte do fluxo de capital de curto prazo pode ser revertido. É difícil que essas medidas, sozinhas, funcionem. É preciso lembrar que o cenário mundial envolve taxas de juros próximas de zero nos países do G7, um forte desejo dos investidores de lucrar com essas diferenças de juros, e uma elevação do rating brasileiro, que o transforma em um bom país para investir. É difícil ver o real voltar a se desvalorizar sem que algum desses fatores mude.
O Brasil vai crescer provavelmente a uma taxa média de 5% ou 6% na próxima década, o que o transformará na quinta economia mundial - e, quem sabe, até na quarta maior economia até 2020.
Fonte: Exame

Nenhum comentário:

Postar um comentário