8 de fev. de 2010

Desafios do Marketing Contemporâneo

Cocriação, descartabilidade, cultura beta, engajamento e mashup. Estas são algumas das características do Marketing Contemporâneo. A tecnologia foi a principal responsável por ampliar o leque de ferramentas de Marketing na mesma proporção em que o consumidor mudou. Agora, cabe aos profissionais saberem aplicá-las para manter um relacionamento consistente entre clientes e marcas, seja ele virtual ou real, e, claro, vender da melhor forma possível. Poucas empresas, no entanto, estão estruturadas para lidar com a mudança dos tempos. A Fiat é uma delas. A montadora sabe da importância de aplicar o conceito do Marketing Contemporâneo a sua estratégia. A marca tem desenvolvido ações de comunicação que integram mídias diferenciadas de acordo com o perfil de seus consumidores. A força do Marketing Contemporâneo também é entendida no sucesso da rede social de moda e estilo byMK. O espaço virtual permite que internautas e marcas se relacionem de forma espontânea. A partir do monitoramento sobre o que dizem os consumidores é possível chegar a um dos temas em voga no Marketing Contemporâneo: a cocriação. “As empresas saíram do estágio em que ditavam regras para uma era de relacionamento. Por isso se fala em cocriação. É trazer o consumidor para dentro do processo de desenvolvimento de produto”. Foi o que fez a Fiat para lançar o seu carro conceito no Brasil, o Fiat Mio. Em pouco mais de quatro meses de interação com consumidores pelo site http://www.fiatmio.cc/, a empresa conseguiu reunir sete mil ideias de cerca de 10 mil internautas. Os comentários, sugestões e pedidos contribuíram para a concepção do novo modelo que será apresentado no Salão Internacional do Automóvel deste ano, em São Paulo. Simplicidade gera maior visibilidade
Entre os desafios para os profissionais que pretendem trabalhar o Marketing Contemporâneo está a busca pela simplicidade. “Com o excesso de oferta e informação, muitas vezes a simplicidade acaba gerando maior visibilidade e relevância. Somos bombardeados por muitas marcas, produtos, extensões de linha e promoções complexas. O simples acaba sendo mais”, sugere Galli, da ESPM-RS. Um exemplo da simplicidade de uma marca é a Red Bull. O energético é um produto que ninguém precisa explicar e tem apenas duas versões: light e normal. Outro obstáculo para as marcas é a disputa do espaço com os próprios consumidores. Esse fato, entretanto, pode ser usado a favor das empresas. “A Coca-Cola contratou os rapazes que fizeram uma experiência com Mentos e Diet Coke para divulgarem a marca de forma positiva”, exemplifica o especialista. O sucesso dessas ações é garantido pelo conhecimento profundo do público a que elas se destinam. É aí que entra a possibilidade de se comunicar de forma muito mais direta, falando a língua dos próprios consumidores. “O planejamento digital pode ter ações mais voltadas para um grupo de interesses específicos, mas também deve ter estratégia para atingir uma parcela maior dos consumidores. É necessário conhecer o mercado e como o cliente acessa a informação”, destaca o Sócio-Diretor da Engage.
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