4 de mai. de 2010

Mudança no mercado masculino vira oportunidade de negócio

O mercado masculino pode ser uma oportunidade de negócio vantajosa para quem quer atingir esse público-alvo. Com o crescimento da vaidade e preocupação com a aparência, físico e saúde, segmentos que anteriormente não se preocupavam em alcançar os homens agora exploram essa mudança de comportamento.

Empresas do varejo disponibilizam produtos destinados exclusivamente ao público masculino. Desde as tradicionais lojas de vestuários: calça, camisa, terno, gravatas e calçados até as mais sofisticadas clínicas de estética e beleza. Já foi o tempo em que a mulher decidia o que ele ia vestir, calçar e usar de produtos e acessórios. Ele quer escolher, compara o que vê nos amigos, deseja certos produtos e acessórios, segue moda e tendências. Ele pesquisa na internet, lê opiniões sobre os produtos e compra.

O homem passou a ser mais consumista e menos conservador. Uma empresa que enxergou uma oportunidade de mercado com atendimento exclusivo para esse público é a Ophicina de Costura, especializada em serviços de reforma e consertos de roupas em geral, alfaiataria e alta costura. A corporação, pioneira no Brasil no ramo de serviços expressos e produtos exclusivos para a manutenção de sapatos, conta com 10 lojas nos principais shopping centers da cidade de São Paulo. Os serviços mais procurados por homens são a barra de calça, camisa sob medida e ajuste do comprimento da manga.

A tendência dos empreendimentos é se especializar em produtos e serviços para os homens. Os nichos mais visados são: Estética, Saúde e Beleza. Neste grupo enquadram-se as academias; clínicas de estética; cabeleireiros; clínicas de emagrecimento e rejuvenescimento; lojas de produtos de beleza: perfumes, cremes, produtos para banho, entre outras. Para Liana Bittencourt, diretora do Grupo Bittencourt, especializado em consultoria para expansão de negócios, “o mundo da moda e dos serviços e acessórios pessoais vêm aumentando a uma velocidade acelerada e percebe-se que existe uma carência de espaços, lojas e prestadores de serviços voltados especialmente para atender o público masculino”. Essa é uma das razões para que alguns espaços que foram utilizados no passado somente pelo o público feminino sejam invadidos por homens.

Segundo Liana, “a mulher se deixa envolver por vários aspectos: a vaidade aguçada no momento da compra, a emoção e o sonho da beleza ou de impressionar o marido ou o namorado. Ela é mais indecisa e o homem é mais direto e decidido” acrescenta. E os dados comprovam: eles compram em menos lojas que elas - 1,4, contra 1,6. Mas isso não significa um consumo menor, pois ele compra algo em 78% das lojas que entra, enquanto as mulheres adquirem produtos em 59% das lojas que frequentam.

Outro diferencial desse público é que o homem tem uma propensão a ser mais fiel a determinados produtos e marcas. Quando se dá bem como tipo de produto tem resistências para mudar, o que é bom para o varejo. Além disso, ele passou a comprar mais e buscar produtos com valor agregado.
Atenta a essa particularidade, a loja de jogos eletrônicos e entretenimento Uz Games atende majoritariamente homens há 25 anos. Mesmo com um leve crescimento na freqüência de mulheres, eles predominam. São 88% da clientela do estabelecimento do Shopping Ibirapuera. Segundo Marcos Khalil, sócio-diretor da UZ Games, “o homem é mais decidido no momento da compra, ele já sabe o que procura antes de entrar no estabelecimento, isso torna a venda mais rápida”.

O empreendedor que busca atingir esse público-alvo precisa ficar atento ao tipo de atendimento oferecido, que deve ser diferenciado. Para Liana, os vendedores que atendem esse público devem ser práticos e perspicazes para entender qual o perfil do seu cliente masculino já nos primeiro momento. “Uma característica muito forte é que eles decidem rápido, o que nem sempre significa compra por impulso e tentar vender adicionais sem essa análise pode ser fatal” finaliza.

Fonte: Varejista

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