19 de out. de 2009

Ser ou não ser um first mover

Aquele que sai na frente, nas questões que envolvem os negócios digitais? Eis a questão. Ser precursor traz vantagens, conhecimento inédito, marca posicionamento e inovação e antecipa a curva de aprendizagem, mas, como é fácil reconhecer, implica em investimentos antecipados, eventuais perdas no processo e, o risco maior, criar conceitos, serviços e produtos para os quais o mercado ainda não está maduro, exigindo um período de investimento maior do que o imaginado. Sem falar no sério risco de nada acontecer como foi previsto e planejado. Ser um follower, seguidor, antítese dos que saem na frente, reduz os riscos, os investimentos, a perda de tempo e os recursos, pois usualmente caminha nas trilhas já trilhadas, minimizando as margens de erro. Mas não tem a glória, os privilégios e o reconhecimento dos que abrem as trilhas. O mundo dos negócios, em especial no universo digital, está repleto de exemplos das vantagens de uma ou outra opção estratégica e, rigorosamente, não existem regras claras, definitivas e gerais sobre essas opções para qualquer tamanho, segmento ou história de empresa. Como sempre preferem os consultores: cada caso é um caso e generalizações são perigosas quando não há garantia certa de erro. No tema que envolve o desenvolvimento de alternativas de atuação em canais digitais, a leitura pode ser mais simples ou mais complexa, dependendo do ângulo. No conjunto das atividades que envolvem os canais digitais, a internet, o celular e, em breve, a televisão interativa (iTV), que estão englobados no Negócios Digitais (d-business), as duas opções mais sensíveis no momento são aquelas que envolvem o Comércio Eletrônico (e-commerce) e o Comércio Móvel (m-commerce), que já têm uma percepção consensual de crescente e irreversível importância. A discussão mais ampla é a definição de quanto e quando investir para marcar presença e gerar mais negócios e valor para as marcas de varejo, produtos ou serviços envolvidas.Se no momento ainda é admissível alguma relutância por algumas empresas para se tornarem mais presentes nos diversos ambientes de negócios digitais, fazendo opções mais cautelosas e aguardando os movimentos do mercado, em muito pouco tempo os espaços (em especial na mente e preferências dos consumidores) estarão ocupados e a liderança, para não falar da simples atuação nesses canais, dependerá de desalojar marcas, o que sempre significará investimentos e custos muito maiores e o risco de não se alcançar retorno satisfatório. Talvez a síntese mais adequada para a análise desse tema, Ser ou não Ser Precursor, seja aquela proposta por Marcilio Pousada, CEO da Livraria Saraiva, terceira loja mais visitada na internet no Brasil, que define que desejável e sábio seria, permanentemente, buscar aprender rápido e errar barato. Mas jamais deixar de acompanhar, testar e monitorar. O custo da omissão ou postergação pode ser alto demais. Ou irreversível

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