16 de ago. de 2016

Segmento Virtual inaugura Atacarejo

Publicado no Jornal de Piracicaba em 14/08/2016 - A3

Para lidar com o mercado em momentos de  crise econômica,  onde o poder de compra diminuiu, atrair clientes é tarefa do cotidiano. O canal de  marketing assume papel de grande  importância nas organizações, para colocar os produtos ou serviços à disposição dos consumidores.
Porém, não é uma tarefa fácil, pois o processo envolve empresas e agentes independentes nesse contexto. Os canais  de  marketing podem  ser  diretos  e  indiretos. Nos canais indiretos, utilizam-se intermediários para se chegar ao consumidor final. São divididos basicamente em dois níveis, atacado e varejo.
A rigor, atacado é a empresa independente, que compra grande quantidade de mercadoria dos fabricantes, e passa a ter direito de propriedade. O varejo é o último elo do canal de distribuição, ou seja, é constituído por  empresas que vendem produtos, sejam eles de bens duráveis ou bens de consumo, ou serviços diretamente ao consumidor final, para uso pessoal e não empresarial, podendo ser constituído de lojas físicas e virtuais.
O varejo virtual, vem sendo cada vez mais reconhecido e destacado. O faturamento do setor no Brasil, atingiu R$ 9,75 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Os relatórios  da  e bit 2016, apontam que os lojistas registraram um crescimento nominal de 1%, somando os 24,45 milhões de pedidos realizados pela Internet no período.
Há outros formatos de lojas que são parecidos com o varejo, porém, vendem para os consumidores finais e, aos pequenos varejistas como bares, restaurantes, padarias, em quantidade maior e preço menor, são conhecidos como “Atacarejo”, também  chamado de cash & carry, é uma mistura entre o atacado e varejo.
O Atacarejo foi o único canal de vendas, que o consumidor manteve a frequência de compras nos últimos meses.  Sempre que a inflação bate à porta, os consumidores mudam o jeito de fazer compras. Os  principais fatores que motivam os consumidores a optarem por esse canal de compra, são  o preço, o fracionamento, a conveniência e a confiança.  
As lojas de Atacarejo, cujo foco é o preço baixo, ganharam musculatura desde 2012, e tiveram desempenho superior à média do varejo de autosserviço. Em um cenário pouco animador, buscar alternativas para dar folego ao caixa da empresa, e preservar o bolso do consumidor é o melhor posicionamento de marketing.
Com queda no tíquete médio de compra, o varejo virtual partiu para buscar estratégias inovadoras, para reverter às situações desfavoráveis. O Magazine 25 de Março, comércio online especializado em artigos para festas, inovou criando o Atacarejo, proposta inédita para o segmento virtual.  
A previsão de aumento no faturamento on line da empresa, com o lançamento da plataforma inovadora é de 25%, segundo informações da direção do Magazine. Sem duvida, a  estratégia é um facilitador que permite mesclar no mesmo carrinho de compras, duas modalidades de consumo: atacado e varejo.
O formato torna-se atrativo pelos descontos oferecidos em quantidades maiores, como fomenta o consumo compartilhado, método no quais pessoas podem se unir, para diminuir determinados gastos. Em momentos de crise, pode  ser  considerado uma via de  mão dupla, propiciar um crescimento compartilhado a empresa, ajuda o cliente a pagar menos, na medida em que ele ajuda a  empresa a crescer.

Há sinais de que a atividade econômica chegou ao fundo do poço. A recuperação, porém, será lenta. Embora, na crise, as empresas de menor porte são as mais vulneráveis, são também mais ágeis na busca de caminhos para sair dela. Enquanto grande parte do segmento empresarial, espera a retomada do crescimento se firmar nos próximos meses, verifique suas potencialidades e saia na frente.  

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