23 de mar. de 2010

Ciclo de vida em empresas saudáveis

A idéia de que as empresas são como pessoas, que obedecem a um ciclo de vida previsível e possuem fases distintas de desenvolvimento, está fortemente relacionada ao fato de que, como um ser vivo, a empresa sofre influências internas dos membros que a constituem, e externas do meio ambiente em que está inserida. Após a fase inicial de aprendizado, as organizações chegam a uma adolescência agitada, passam por uma fase adulta serena de consolidação e se encaminham para uma meia-idade em que o estado de contemplação e de acomodação age como um prenúncio para o envelhecimento corporativo precoce. As mesmas mudanças comportamentais e de estilo de vida que têm motivado as pessoas a buscar fontes de preservação da juventude eterna têm servido também de inspiração para que empresas promovam suas reciclagens estéticas e estruturais, combinando lideranças carismáticas com gestões consistentes e com a busca constante por soluções inovadoras e criativas na superação de crises e conflitos. O ciclo de vida tem sofrido postergações. No inicio do século passado a expectativa de vida para um individuo é que com sorte chegasse à idade próxima de 50 anos. Para pessoas nascidas hoje no Japão espera-se sem sobressaltos que cheguem aos 100 anos. Mudaram os métodos preventivos, evoluíram as condutas médicas, implementaram-se novas tecnologias, descobriram-se medicamentos que preservam o corpo e elevam o “estado de espírito”. As empresas, por sua vez, foram inundadas por técnicas inovadoras de gestão e por métodos renovadores de conduta, que têm evitado a crise da meia-idade, retardando o seu declínio. A correta identificação das necessidades não atendidas permite que se vislumbre um modo de satisfazê-las. A visão empreendedora de onde gostaríamos de estar no médio e longo prazo permite que se planeje o futuro e se trace o caminho para alcançá-lo. O planejamento cuidadoso das ações dá foco e evita as surpresas, permitindo correções de rumo a cada desvio. O acompanhamento dos indicadores atesta a qualidade e amplia as ferramentas de diagnóstico, a fim de aperfeiçoar a capacidade de antecipar os desdobramentos possíveis. O grande segredo nas empresas, para esticar de maneira saudável sua trajetória de vida, está na capacidade de identificar negócios novos e promissores; na adequada seleção e priorização de seus recursos; e na escolha correta de pessoas comprometidas e sintonizadas com a estratégia global. Políticas conservadoras são restritivas e desestimulantes a novas oportunidades de negócios. Políticas agressivas irresponsáveis podem representar um risco incontrolável. A visão perspicaz de que as empresas vivem seus ciclos, e como consequência mudam, exigindo que as soluções sejam temporais e as ações específicas, nos leva à prática constante de revisões posturais e estratégicas. Warren Buffett lembrou: “não existem empresas maduras, mas executivos maduros”. O bom gerenciamento das oportunidades pode dar uma vitalidade inacreditável aos seus negócios, tanto para descobrir seus desequilíbrios, como para antecipar sua evolução. A decisão está em suas mãos. Marcos Sardas da GS&MD

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