23 de mar. de 2010

Inovação em lojas - INAMO

A mesa é um iPhone? Em Londres, restaurante Inamo utiliza mesas interativas para tornar pedidos mais lúdicos e oferecer serviços agregados aos clientes Muitas vezes, a tecnologia é um aspecto negligenciado no varejo. Em outros casos, tem importância estratégica, mas atua nos bastidores para que a operação seja a mais eficiente possível. Existem casos, porém, em que a tecnologia torna-se um grande atrativo e um diferencial. É o caso do Inamo, um restaurante de culinária oriental com toques contemporâneos localizado no West End de Londres. O local, com 310 metros quadrados, inovou no cenário britânico ao apresentar mesas interativas, nas quais os clientes podem escolher seus pratos e bebidas, mudar a ambientação local, se divertir com jogos enquanto aguardam seus pedidos e até mesmo solicitar serviços na região, como um táxi para levá-los para casa. Aberto em outubro de 2008, o Inamo, produto do empreendedorismo de Danny Potter e Noel Hunwick, conta também com um bar (no subsolo) e oferece aos clientes comida asiática de alta qualidade, em um conceito fusion. Comandado pelo chef Anthony Sousa Tam, egresso de restaurantes badalados de Londres, como Atami, Chino Latinos, Nobu, Hakkasan e Ubon. O local tem, como não poderia deixar de ser, toda a decoração com motivos asiáticos. O uso das mesas interativas, porém, mostrou ser uma tarefa delicada. Em vez de usar telas touch screen, como se as mesas fossem iPhones gigantes, o sistema usado no Inamo conta com Ao lado, uma das mesas, com seu menu interativo: modo fácil e divertido de fazer seu pedido. Abaixo, à esquerda, uma vista do ambiente, com telas LCD que trazem padrões de origamis com ar de caleidoscópio. Abaixo, à direita, a fachada do restaurante, ao mesmo tempo misteriosa e atraente projetores que iluminam as mesas e sensores que identificam os movimentos das mãos dos clientes para abrir menus, selecionar os pedidos e solicitar outros serviços. Foi preciso tomar cuidado com os níveis de iluminação, para que o restaurante fosse interessante tanto de dia quanto de noite e que as mesas interativas funcionassem bem em todas as situações. O projeto do restaurante desenvolveu um forte senso de identidade, integrando a tecnologia ao ambiente de um modo harmonioso, com base em conceitos como calor, vibração, charme e teatralidade. Dessa forma, criou um local de forte personalidade e que convida à socialização. A iluminação do restaurante é basicamente monocromática, para que as luzes dos projetores fossem ressaltadas e para que os grafismos nas paredes (com jeito de origami e caleidoscópio) também tivessem boa visibilidade, combinando com o desenho das mesas. Assentos vermelhos e prateados trazem calor e modernidade ao ambiente, contrastando com as mesas de topo branco e base preta. Os projetores são colocados acima das mesas, em casulos que têm três tamanhos, para cobrir mesas com dois, quatro ou seis lugares. Cada mesa possui sua própria “toalha eletrônica”, projetada de cima, e os clientes podem mudar essa decoração (são sete padrões disponíveis) e usar um painel de toque para pedir comidas e bebidas. A equipe de garçons está à disposição para ajudar os consumidores a navegar pelos menus e para tirar dúvidas, muito embora o sistema tenha sido projetado para ser intuitivo. No andar inferior, o bar apresenta a mesma linguagem visual do restaurante, mas com uma paleta de cores mais quente e escura (já que não precisa dividir espaço com recursos tecnológicos mais avançados), criando um local que transmite intimidade. Como no piso superior, há diversas telas LCD exibindo padrões visuais que remetem a um caleidoscópio. A iluminação pendurada no teto remete aos casulos do restaurante.
Mercado & Consumo

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