3 de mai. de 2010

O universo (muito) particular das mulheres

Painel mostra a influência do público feminino na sociedade e seus hábitos na internet.
Hoje já é lugar comum dizer que as mulheres ajudam a compor a renda familiar, que são fundamentais nas decisões de compra e que, acima de tudo, são multitarefas. Mas a absorção das marcas e da sociedade em geral dessas evidências ainda é mais superfecial do que poderia ser.
No painel "Mulher Digital: no comando do consumo mundial (e nacional) da web", ficou evidente que, cada vez mais, as mulheres buscam um lugar onde possam ser verdadeiramente mulheres unindo dicas de beleza e trocas de experiências com a delicada missão de cumprirem seus papéis de mãe, trabalhadoras, amigas ou esposas.
Segundo Andiara Petterle, CEO do Bolsa de Mulher, uma pesquisa realizada pela Sophia Mind - braço de pesquisas do Grupo - mostrou que as mulheres passam cerca de 39 horas por semana conectadas à rede e, na maior parte do tempo, estão em busca de conteúdo específico e relevantes. "Se essas mulheres pudessem ter um pedido atendido, elas gostariam de ter mais tempo.
Por isso a relevância e a contância são fundamentais. Se elas não têm tempo para elas porque teriam para o que uma marca ou um conteúdo têm a dizer?", questiona. Editora executiva de estilo de vida do iG (do qual o Canal Delas faz parte), Alessandra Blanco engrossou o coro. "Nosso canal feminino passou por uma reformulação porque havia uma demanda por conteúdo próprio e elaborado. Para isso contratamos equipe e passamos a investir em infográficos e recursos multimídia que dêem profundidade aos temas abordados", contou.
De olho nesse potencial, a Editora Abril unirá ainda esse ano todos os seus endereços online voltados para o público feminino em uma única rede. "As mulheres valorizam demais a cumplicidade que uma marca ou um site estabelecem com ela. A tecnologia em si não é o que mais importa, mas sim como se nutre e se sustentam esses relacionamentos que devem prezar pelas customização", disse Giuliana Tatini, diretora de redação do Potal M de Mulher.
A relação feminina com a publicidade
Dados trazidos durante a apresentação deram conta ainda que a relação das mulheres com a publicidade online é bastante saudável e promissora. De acordo pesquisa da Sophia Mind, 97% das internautas não se incomodam em receber algum tipo de propaganda por email ou por inserção visual desde que essas sejam úteis e relevantes. Cerca de 60% delas gostariam de receber mais propaganda promocional, sendo que 50% dizem sentir falta da oferta de cupons de descontos. "Os maiores desfaios para as marcas que desejam conquistar essas consumidoras são promover o engajamento, customizar as ações, ofercer relevância de maneira constante.
Uma vez conquistadas, essas mulheres vão se relacionar com essas empresas até o fim", comenta Andiara. Para Giuliana, conversar com elas é saber qual a melhor abordagem para os diferentes momentos de vida e para os diferentes papéis diários que cada uma cumpre. "A publicidade e o conteúdo certamente devem coexistir, mas não é qualquer coisa que cola. As ações devem ser pensadas para elas e com carinho", acredita.
Mariana Ditolvo da Proxxima

Nenhum comentário:

Postar um comentário