Antonio
Carlos Giuliani
Da população entre 16 e 49 anos
das classes A, B e C, 74% da população vivem
conectados. Em um ano o número de
brasileiros que usam três ou mais
telas cresceu em 10 milhões, em 2013 eram cerca de 30 milhões e em 2014 os usuários
multitela, foi de 40 milhões. O Brasil apresenta-se como solo fértil para os
negócios na internet.
O e-commerce no Brasil continua
crescendo, mesmo em um ambiente econômico não favorável, ainda há muito espaço para expandir. No inicio dos anos
2000, quando o e-commerce começou a engatinhar no Brasil, o grande desafio era
mostrar ao consumidor que o carrinho de compras
representava um modo rápido e,
acima de tudo, seguro de comprar.
Com o crescimento tornou-se
competitivo levando
os varejistas a oferecerem as
melhores ofertas, uma vez que muitas lojas podem oferecer o mesmo
produto, cabendo a empresa a responsabilidade de
buscar por outros atributos que prendam o cliente, como por exemplo , oportunidades de
frete, promoções e destaque do produto, fornecendo o máximo de
informações.
O mercado do e-commerce passa por
um processo de amadurecimento natural e,
com isso, para atuar nesse mercado é importante focar em métricas
que atestem, o crescimento sustentável
do negócio. Atrair a atenção do
internauta, bombardeado 24 horas por
apelos, os mais atrativos e diversos, tornou-se um dos maiores desafios do
e-commerce.
Mesmo que uma pessoa decida fazer
uma compra on-line, muitas vezes ela visita o ponto físico para pegar o
produto, conhecer, interagir, tirar dúvidas. As pessoas se relacionam com as
marcas, têm necessidade de um produto e vão navegando, seja nas plataformas
digitais ou na vida, buscando informações, interações.
Portanto, deve-se colocar no ar não
só o ambiente de e-commerce, mas a
comunicação sobre ele. O que a marca é, no ambiente digital, nas plataformas
digitais. Com um cenário econômico que
inspira cuidados, o mercado
caminha para busca de resultados financeiros.
Estudo realizado pela área
comercial da GS&ECOMM, unidade de varejo digital da GS&MD destaca as principais
tendências para o e-commerce brasileiro, que devem ser analisados para a
condução do e-commerce.
O varejo tradicional vai concorrer
com a indústria que vem para o mercado virtual, oferecendo qualidade e serviços
diferenciados, como exemplo, pode-se
destacar a loja virtual da Electrolux com um ano de operação, oferece
aos consumidores o acesso ao portfólio
completo de produtos, soluções da marca, frete
gratuito para algumas regiões.
Os atacadistas enxergaram
oportunidade para atender os pequenos
varejistas auxiliando a incrementar seus
produtos e serviços, aumentando assim
seu ticket médio. O varejista se torna mais rentável e compra mais do
atacadista. O crescimento dos serviços,
com intuito de capilarizar sua atuação, com o e-commerce de
serviços, reduz os custos com a força de vendas, e
atrai cada vez mais consumidores com dificuldades de se
locomover nos grandes centros.
Na Englishtown, a OpenEnglish o consumidor dita as regras de quando e como quer aprender. Com os altos impostos praticados no país, o
consumidor passou a procurar lojas estrangeiras, vendo esse potencial as
grandes companhias começam a montar suas operações no Brasil.
O Alibaba, grupo chinês, que reúne
10 sites é o mais conhecido oferecendo preços baixos e entrega em 200 países. Esse novo cenário
necessariamente obrigará o varejo a amadurecer muito no aspecto gestão. O
mercado vai continuar crescendo e muito competitivo, os grandes grupos brigando
por Market share e subsidiando os altos
custos de ações de frete grátis, taxas
de parcelamento ao cliente e preços de vendas promocionais muitas vezes abaixo
do custo do produtos.
O segmento de e-commerce, como um
todo, ainda é um segmento que gera altos prejuízos financeiros. Acertar a
equação entre o preço praticado na ponta, cobrança do serviço de frete para o
consumidor final, necessidade de capital de giro e investimento adequado serão
os maiores desafios do canal no médio prazo.
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