6 de fev. de 2015

Tendências para o e- commerce brasileiro


Antonio Carlos Giuliani

Nosso país  nunca  foi tão conectado como hoje. Segundo a Pesquisa Nacional por  Amostra de
Domicílios (PNAD2014), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), metade  dos lares  brasileiros está plugada à rede mundial de computadores, 50,1% da população utilizam a internet. Os hábitos da população impressionam, são 86 milhões de  brasileiros com mais de  dez  anos, que acessaram a internet pelo menos uma vez no ano em 2014.
Da população entre 16 e 49 anos das  classes A, B e C, 74% da população vivem conectados. Em um ano o número de  brasileiros que usam três ou mais  telas cresceu em 10 milhões, em 2013 eram cerca  de 30 milhões e em 2014 os usuários multitela, foi de 40 milhões. O Brasil apresenta-se como solo fértil para os negócios na internet.
O e-commerce no Brasil continua crescendo, mesmo em um  ambiente  econômico não favorável, ainda há muito  espaço para expandir. No inicio dos anos 2000, quando o  e-commerce começou a  engatinhar no Brasil, o grande desafio era mostrar ao consumidor que o carrinho de compras  representava um modo rápido e,  acima de tudo, seguro de comprar.
Com o crescimento  tornou-se  competitivo    levando os  varejistas a oferecerem as melhores  ofertas, uma vez  que muitas lojas podem oferecer o mesmo produto, cabendo a  empresa a  responsabilidade  de  buscar por outros atributos que prendam o cliente, como por  exemplo , oportunidades  de  frete, promoções  e  destaque do produto, fornecendo o máximo de informações.
O mercado do e-commerce passa por um processo de  amadurecimento natural e, com isso, para  atuar nesse  mercado é importante focar em métricas que  atestem, o crescimento sustentável do negócio. Atrair a  atenção do internauta, bombardeado 24 horas por  apelos, os mais atrativos e diversos, tornou-se um dos maiores  desafios do  e-commerce.
Mesmo que uma pessoa decida fazer uma compra on-line, muitas vezes ela visita o ponto físico para pegar o produto, conhecer, interagir, tirar dúvidas. As pessoas se relacionam com as marcas, têm necessidade de um produto e vão navegando, seja nas plataformas digitais ou na vida, buscando informações, interações.
Portanto, deve-se colocar no ar não só o ambiente de  e-commerce, mas a comunicação sobre ele. O que a marca é, no ambiente digital, nas plataformas digitais. Com um cenário econômico que  inspira  cuidados, o mercado caminha para busca de resultados financeiros.
Estudo realizado pela área comercial da GS&ECOMM, unidade de varejo digital da GS&MD destaca as principais tendências para o e-commerce brasileiro, que devem ser analisados para a condução do e-commerce.
O varejo tradicional vai concorrer com a indústria que vem para o mercado virtual, oferecendo qualidade e serviços diferenciados, como exemplo, pode-se  destacar a loja virtual da Electrolux com um ano de operação, oferece aos consumidores o  acesso ao portfólio completo de produtos, soluções da marca, frete  gratuito para  algumas  regiões.
Os atacadistas enxergaram oportunidade para  atender os pequenos varejistas  auxiliando a incrementar seus produtos e  serviços, aumentando assim seu ticket médio. O varejista se torna mais rentável e compra mais do atacadista.  O crescimento dos serviços, com intuito de  capilarizar sua  atuação, com o  e-commerce de  serviços, reduz os custos com a força de vendas,  e  atrai cada vez mais consumidores com dificuldades  de  se locomover nos grandes centros.
Na Englishtown, a OpenEnglish  o consumidor dita as  regras de quando e como quer aprender.  Com os altos impostos praticados no país, o consumidor passou a procurar lojas estrangeiras, vendo esse potencial as grandes companhias começam a montar suas operações no Brasil.
O Alibaba, grupo chinês, que reúne 10 sites é o mais conhecido oferecendo preços baixos e  entrega em 200 países. Esse novo cenário necessariamente obrigará o varejo a amadurecer muito no aspecto gestão. O mercado vai continuar crescendo e muito competitivo, os grandes grupos brigando por Market share  e subsidiando os altos custos de ações de  frete grátis, taxas de parcelamento ao cliente e preços de vendas promocionais muitas vezes abaixo do custo do produtos.

O segmento de e-commerce, como um todo, ainda é um segmento que gera altos prejuízos financeiros. Acertar a equação entre o preço praticado na ponta, cobrança do serviço de frete para o consumidor final, necessidade de capital de giro e investimento adequado serão os maiores desafios do canal no médio prazo. 

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