Entender as reações do consumidor e do mercado alvo é a tarefa
essencial do bom administrador de marketing e deve ser objeto de análise,
porque só assim poderá desenvolver estratégias de marketing dirigidas a ele.
Conhecer o consumidor é a chave do sucesso. Sabe-se que os desejos dos
consumidores são ilimitados e sua realização depende de fatores limitados, como
sua renda. Se desejar obter sucesso em seu negócio, deverá se dispor a
verificar como é que a mulher consumidora exerce poder de decisão de compra e que sua opinião é o
instrumento mais poderoso para aperfeiçoar seu produto. O poder de decisão do
universo feminino tem conquistado cada vez mais produtos, por isso tornou-se um
campo interessante e lucrativo de ser explorado pelos profissionais de marketing.
Uma dezena de tendências continuará mudando completamente o comportamento do
crescente número de mulheres como consumidoras nos próximos anos, e as empresas
devem preparar-se com seus planos mercadológicos para atendê-la. Para
conquistar esse segmento a indústria
cervejeira, os players têm lançado mão de
algumas estratégias como as cervejas light, de baixo teor alcóolico e as com sabor frutado.
A preferencia segundo estudos do grupo cervejeiro Petrópolis aponta que as cervejas de baixa caloria são produtos
muito bem aceitos pelas mulheres, uma vez que calorias
são um problema para 27% delas, que evitam tomar
cerveja para não ganhar peso. Verifica-se que as propagandas de cervejas já estão procurando vencer essa
resistência tendo como fio condutor o humor e cenas do cotidiano
compreendidas pelos dois gêneros. As marcas
internacionais que investem em uma imagem cosmopolita atingem as mulheres jovens e pertencentes à
classe alta, se interessam mais pelas
cervejas premium, que se apropriam de valores
atrativos. Estudo realizado pela
Mintel 2013, apontou que 60% das mulheres
entrevistadas que se encaixam
neste perfil acreditam valer a pena pagar mais por uma cerveja de qualidade
superior. Várias marcas já estão utilizando-se das mídias sociais , algo que chama atenção de jovens consumidores e,
especialmente, mulheres na faixa etária dos
18 a 24 anos. As marcas mais
sofisticadas estão destacando na comunicação relação homem- mulher de forma
diferenciada. A mulher é chique, bonita, interessante fugindo do estereótipo da
“gostosona” explorado por várias marcas. A abordagem para conquistá-la deve
ser uma relação muito mais respeitosa, uma vez
que as imagens de mulheres estilosas
bebendo cerveja, sofisticadas e, acima de tudo, independentes,
encorajariam mulheres a escolher a cerveja como algo que querem beber. As
mulheres trabalhadoras entre os 24 e os 54 anos têm, portanto, surgido como uma
potente força nas transações do mercado, o que refletirá na forma como as
empresas concebem, posicionam, publicitam e vendem os seus produtos.
Esta
mudança reflete o fato se pensar que as máximas de marketing desenvolvidas e
apresentadas pelos fundadores das comunicações comerciais, eram
"verdade" para todos os adultos, hoje passam a ser
"verdade" para os homens, porque as mulheres têm um conjunto de
prioridades, preferências e atitudes muito diferentes destes. Por outro lado,
as mulheres fazem compras de forma muito diferente que os homens. Eles demoram
menos tempo para decidir e compram quantidades maiores; por sua vez, elas
procuram e analisam mais antes de tomar a decisão, mas, quando se sentem
confortáveis com uma marca ou produto, compram
e tornam-se fiéis. A mulher mudou o mundo dos produtos-serviços e do marketing, as empresas que não se adaptarem,
perderão grande fatia de mercado, a
delas e dos influenciados por elas. A consumidora mulher não aceita
a empresa que não quer ouvi-la. Migra para outra. E fidelidade hoje, só
para quem atende muito bem o oferece a melhor relação custo-benefício. Está na
hora de levar a sério esse grande
mercado feminino, para conseguir
posicionamento de seu produto e marca.
Antonio Carlos Giuliani - professor e coordenador dos cursos de
pós-graduação Mestrado, Doutorado em administração e MBA em Marketing da
UNIMEP. www.giulianimarketing.pro.br
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