Publicado no Jornal de Piracicaba em 15/04/2016.
Em um ambiente hostil, marcado por recessão econômica e crise politica, será necessário muita agilidade e flexibilidade por parte dos gestores, para manter a perenidade de suas empresas. Temos uma tempestade que trava o mercado com baixa confiança, credito limitado e caro, renda real em queda e aumento do desemprego.
Com esse cenário, vale refletir não é o mais forte nem
o mais inteligente que sobreviverá, mas, o que melhor se adaptar às mudanças. È
evidente que a estabilidade politica poderá resgatar a confiança e aumentar a
propensão a consumir.
Para destravar o mercado, as empresas devem contar com uma
boa dose de otimismo e espirito guerreiro. Repensar suas estratégias e estruturas é inevitável, estarão fortalecidos
os que mais bem se prepararem. Eficiência e produtividade são palavras de ordem
para quem deseja construir, reinventar é a palavra de ordem.
Compreender as novas gerações e seus perfis comportamentais,
é fundamental para adotar uma estratégia de crescimento, é necessário
engajá-los e ativá-los completamente. A
geração millennials envolve os nascidos entre 1982 e 2000, despontam desafiando
o mercado e o consumo em um processo sem volta.
Estudo realizado pela revista norte-americana Forbes 2015,
aponta as características dessa geração. O comportamento dessa geração tem
influenciado as antecedentes, especialmente os “Xs” (nascidos entre 1961 e
1981), os “Boomers” (1943-1960) e principalmente
os que estão influenciando os chamados, por enquanto de “Zs”, que incorpora os
nascidos de 2000 a 2018 ou 2020.
Essa geração com sua especificidade, exige que empresas
repensem suas formas de dialogar com suas necessidades, desejos, pois, estão
mudando o jeito de se fazer negócios. Os
millennials, são hoje 2 bilhões de pessoas no mundo.
Em 2025, representarão 75% da força de trabalho global. Sua
participação em média nos países corresponde entre 20% e 30% da população, nos
emergentes a proporção é maior e nos mais maduros tende a ser menor, como
redução da natalidade nas décadas recentes. No Brasil, representam 31% de toda
a população.
Um dos traços mais relevantes desse novo jeito de ser é sua
preferencia por dispêndios com serviços, especialmente tudo o que signifique
experiência, aprendizado e viagens. Para
eles, é mais importante participar e viver algo sobre o que possam
falar, discutir, trocar ideias e “curtir”, do que comprar algo. A mobilidade e
interatividade são uma dádiva, elas impressionam-se menos com os últimos
lançamentos e são mais interessadas naquilo que as ajuda a conduzir suas paixões na vida.
Cultivam a intimidade, coisas tangíveis são separados por culturas e unidos pelas crenças, acreditam
que estão unidas porque estão conectadas entre si. Diversos estudos têm mostrado que entre uma experiência marcante e um produto legal
tendem a preferir a vivencia à compra, parecendo confirmar a ideia de que o
“Ser” é e será mais importante na
sociedade que o “Ter”, ao menos para a maioria desses jovens.
Sua recente demanda por conceitos, marcas, sites e lojas que
ofereçam mais do que um produto, razões para preferir e comprar, o que tem
justificado o surgimento de novos conceitos, construídos para atender essa
demanda. Esses números e perfis podem explicar, em parte, porque a indústria do
entretenimento tem crescido da forma como evoluiu nos últimos anos, o sucesso
de iniciativas como o Rock in Rio que, no ano passado reuniu perto de 600 mil pessoas nos sete dias de festival,
com amplo apoio de mídia e patrocinadores.
A Ambev, concentrando fortes investimentos em circuitos de
festivais, e shows em todo o Brasil realocando despesas e investimentos para
falar diretamente com essa geração. O que não pode ser desprezado e precisa ser
incorporado nas estratégias de marketing,
é que para atender as gerações
Millennial e a que se segue (dos Zs),
será preciso necessariamente propor, desenvolver e sustentar conceitos e
propostas, que estejam muito além dos
benefícios diretos que produtos e
serviços possam oferecer.
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