Antonio
Carlos Giuliani
Empreender é agregar valor, saber
identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo. Termo usado no âmbito empresarial e muitas vezes
relacionado com a criação de empresas ou
produtos novos.
Através do empreendedorismo busca-se: transformar
conhecimentos; inovar; realizar sonhos
mesmo que haja riscos; enfrentar
problemas, inovar e modificar as organizações, modificando assim o cenário
econômico. Desde 2013 o Brasil cresce cada vez menos, vivenciando em 2015 uma
queda de consumo, desemprego, altas de preços e com inflação em crescimento.
Quem já atua como empresário e mesmo o candidato que deseja
empreender convivem com mesmo ponto comum. O que fazer nesse momento de incerteza? Essa pergunta é a mais
frequente que alunos e empresários nos
dirige quando falamos sobre empreendedorismo.
Para tentar colaborar aponta-se dicas, fazendo uma breve retrospectiva para momentos difíceis da
economia do que as previsões mais pessimistas de hoje. Em 1984 o País e
o mundo ainda tentavam caminhos
para digerir o segundo choque do
petróleo e a inflação anual de 223,9%, em 1992, ano do confisco das poupanças
pelo governo do então presidente
Fernando Collor surgiram
respectivamente as redes Patroni Pizza e China in Box sucesso até os dias atuais.
O fato de a economia caminhar para um crescimento ruim não
significa que as oportunidades acabaram. Significa que os projetos que não
são bons, ou apresentam alcance limitado
não terão mercado. O verdadeiro
empreendedor não olha com ênfase o macro, e sim o micro, um nicho, uma necessidade
que não está sendo atendida. Em cenários conturbados deve-se farejar uma boa
oportunidade, o ambiente mais restrito obriga ao empresário redobrar sua atenção com o
planejamento do negócio.
O empreendedor
brasileiro ainda comete erros básicos, como: não conhecem seus
clientes, hábitos de consumo, desconhecem qual
o capital de giro necessário para manter o negócio em atividade, e grande
parte não conhecem seus concorrentes. Ao elaborar um plano de negócios para um
período possivelmente ruim, é preciso ser muito conservador. No efeito da
crise o fluxo de receita tende a cair, as margens reduzem, necessitando
redobrar atenção aos custos, até os centavos devem ser considerados.
O segredo é identificar
demandas das pessoas que não estão sendo atendidas, oferecendo produtos
ou serviços por um custo menor. Ou optar por uma franquia pode ser boa opção, com risco menor do negócio
poderá obter retorno menor com mais
segurança, podendo demorar mais de cinco
anos para efetivamente alcançar o
retorno do investimento.
Outras recomendações a serem consideradas são procurar fugir dos financiamentos oferecidos; ter uma
reserva financeira para 6 a 10 meses, para os períodos difíceis; a
negociação com fornecedores pode ser boa
forma a evitar apertos, por exemplo, se você
não pode efetuar o pagamento do mês, vale a pena negociar com o fornecedor um
prazo de dois meses e ter 5% de juros ao invés de entrar no cheque especial e pagar mais.
Em momentos de pouco crescimento da economia, o líder de uma
organização precisa encontrar soluções
que economizem o tempo do cliente; a
economia não deve frear o
empreendedor, mas sim, os estudos de
riscos e oportunidades frente ao tipo de negócio pretendido, e a disposição de correr esses
riscos, mesmo que tenham sido bem calculados; estimar com
conservadorismo o potencial de
faturamento e colocá-lo em uma planilha com todos os custos da operação, objetivando que pelo menos que o ponto de equilíbrio seja atingido; procure fazer
a diferença e se preocupe com
detalhes sempre; faça pesquisas sobre seus concorrentes e oportunidades que
podem ser exploradas; dimensione as vendas, os produtos oferecidos e preços
praticados.
Ser empreendedor não
depende apenas do querer, tem de estar
em você, pois, nem todos nasceram para ser e nem para assumir riscos e conviver
com eles, fazer sempre uma reflexão do que está
acontecendo e se você está feliz ou não sendo um empreendedor.
Não espere as coisas
acontecer faça as coisas
acontecerem.
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