28 de out. de 2016

Marketing e o Natal de 2016



Publicado no Jornal de Piracicaba em 28/10/2016

O gestor  que administra um comércio precisa planejar para a maior data esperada pelo varejo. Estar atento para saber o que fazer, e o que não fazer, no contexto atual da economia é fundamental. Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo CNC o Natal deste  ano será mais magro tanto nas vendas quanto na abertura de postos de trabalho temporários.
O volume vendido deve diminuir 3,5% em relação ao mesmo período de 2015, o equivalente à movimentação financeira de R$ 32,1 bilhões até dezembro. Como consequência, a demanda por funcionários temporários deve encolher: serão ofertadas 135 mil vagas, o equivalente a 2,4% menos postos de trabalho no comercio varejista em relação a 2015.
As previsões apontam que voltamos ao patamar de 2012. Analisar o mercado para saber quanto investir  e ficar atento à dinâmica do mercado para criar o  hábito de capitalizar o  próprio negócio é  tarefa imprescindível. É necessário saber quando começar a planejar suas atividades, se a loja vai receber uma quantidade maior de pessoas, precisa estar bem organizada a fim de facilitar ao máximo a compra do cliente e não se pode perder uma venda.
O estoque deve ser planejado com análise criteriosa do histórico de vendas definindo quais os itens mais lucrativos para a empresa. Como ponto de partida planejar ações de marketing, como a fachada; a vitrina; organização da parte interna do ponto de venda e a comunicação visual da marca.
Deve-se prever com antecedência no mínimo de seis meses, problemas que podem colocar em risco a saúde do seu negócio, pois, muitos empreendimentos fecham as portas porque o final de ano não deu certo. Atentar para o aumento de custos ao se preparar para as vendas natalinas, onde o empresário necessita aumentar o estoque de produtos à venda, pagar o 13º salário da equipe de funcionários e contratar força temporária de trabalho.
A falta de produtos para vender aos interessados e a sobra no início do próximo ano, pode impactar no capital de giro do empreendimento. Admite-se erro entre 20 a 30%; além disso, pode ser um desastre na gestão financeira. Embora muitos empreendedores saibam da importância do planejamento, a dúvida sempre reside em quais as ferramentas ideais a serem usadas?
Primeiro entender quais são as peculiaridades do seu negócio. No segundo momento é preciso se capacitar em gestão principalmente aqueles que não têm formação acadêmica na área de administração. Não adianta adquirir softwares específicos de planejamento e não saber como analisar as informações. Muitos empreendedores não sabem calcular os custos dos produtos; definir preços; fazer fluxo de caixa e aponta o marketing como sendo somente propaganda que envolve muito dinheiro.
O planejamento pode ser feito a partir de rotinas simples como: registrar manualmente, tudo o que aconteceu no Natal do ano anterior, na loja e fora dela. Vamos chama-lo de Diário de Natal, simples documento que deve incluir o histórico de coisas boas e também de problemas que ocorreram com fornecedores, funcionários, clientes ou mesmo de estruturação.
Registros que darão condições para que o proprietário tenha parâmetros para melhorar o negócio. Conhecer o cliente é fundamental,  buscar a fidelização do cliente, mapear seus hábitos de compra para poder direcionar suas ações promocionais futuras deve  ser o foco da estratégia. Isso significa organizar os dados obtidos para posteriormente aplicar esse conhecimento em ações concretas.

Não adianta ficar apenas com a simpatia de balcão e não colher informações de grande valor para depois montar uma estratégia de relacionamento com o cliente. Não se esqueça de que no varejo tudo é detalhe e cautela faz bem. 

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