Enfim, uma boa notícia para o viajante de negócios que ao buscar um
hotel econômico é obrigado por vezes a pernoitar em instalações
mambembes, sem falar em serviços desastrosos. A Wyndham Hotel Group, com
uma rede de mais de 7 mil hotéis distribuídos em 15 marcas por 66
países, traz para o Brasil, em grande estilo, a sua rede econômica Super
8.
Por ser a maior empresa hoteleira do mundo, a presença da Wyndham no
País era tímida. Não passava de 14 unidades, com três Howard Johnson,
dois Ramada e nove Tryp, além de Days Inn que devem operar em 2013. A
chegada da rede Super 8, com investimentos de R$ 1,5 bilhão, muda
completamente a conversa.
Os planos são ambiciosos: a Wyndham, por meio de uma parceria com a
incorporadora mineira EmCorp, junto com a Construir e CAC Engenharia,
pretende construir, nos próximos dez anos, 200 unidades, cada uma com
100 apartamentos. Caberá à Condotel a operação hoteleira.
"O Brasil é um mercado chave, não apenas pelos Jogos Olímpicos e Copa
do Mundo, mas pela expansão da classe média, que busca hotéis
confiáveis, com bons preços e serviço consistente", diz Bob Loewen, CFO e
vice-presidente das operações internacionais da Wyndham Hotel Group.
A rede Super 8, iniciada em 1974 nos Estados Unidos, é um sucesso com
suas 2,2 mil unidades, presentes em seis continentes. Qual o segredo do
seu crescimento exponencial? Primeiro, adotar um padrão único de
construção, barateando assim custos e reduzindo os prazos. "Para
otimizar tempo e recursos, as instalações seguem um molde, como se fosse
um McDonald's hoteleiro", diz Dan Fonseca, presidente da EmCorp. Para
acelerar o processo, a Wyndham licencia a marca sob o regime de
franchising, mas é zelosa no acompanhamento dos processos e operações.
Os Super 8 devem seguir a trilha vitoriosa aberta pela Accor com a rede
Ibis, com um modelo que demonstrou ser possível oferecer um produto
econômico, funcional, e bem administrado que, mesmo sem luxo, atende as
necessidades básicas do viajante, principalmente o de negócios. Mas há
um diferencial importante. A rede econômica da Wyndham Super será
construída ao lado de estradas, próxima a centros econômicos ou áreas
industriais, onde há maior disponibilidade de terrenos a custos bem
menores. A otimização permite a conclusão da obra em apenas oito meses, a
um custo de R$ 8 milhões por hotel. Essa conjugação favorável de
fatores permite uma diária média de R$ 138, incluindo um quarto
confortável com televisão a cabo em tela flat, ar-condicionado, wi-fi
grátis, café da manhã e estacionamento. Estão previstas ainda uma loja
de conveniência e pequenas salas de reunião.
A marca Super 8 é um sucesso na China, onde nos últimos cinco anos 400
hotéis foram instalados, 60 deles no último mês. "O Brasil é a China da
América Latina", afirma Daniel de Olmo, Vice-Presidente da Wyndham para a
América Latina. Para a empresa, a corrida contra o tempo começou. O
primeiro Super 8 está sendo construído na rodovia MG-10, no município de
Lagoa Santa (MG).
*Este texto foi publicado originalmente na coluna Viagens de Negócio, de Fábio Steinberg, no dia 20 de setembro de 2012, no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo.
*Este texto foi publicado originalmente na coluna Viagens de Negócio, de Fábio Steinberg, no dia 20 de setembro de 2012, no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo.
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