O desafio de ser a nº 1

Joe Tripodi

Ao contrário de empresas que atuam em segmentos nos quais se pode lançar um produto novo a cada mês, a Coca-Cola com  a necessidade de alimentar a inovação de um produto que é rigorosamente o mesmo desde seu lançamento de 1886 - salvo a rara exceção do período da New Coke, em 1985, considerado por inúmeros consultores como um dos maiores fiascos da história do marketing. Quando chegou à companhia em 2007, o vice-presidentes executivo e diretor global de marketing e comercial Joe Tripodi, executivo número um do marketing da companhia no mundo, recebeu a missão de modernizar a comunicação da empresa. As apostas do executivo foram na reaproximação da marca à música, na multiplicação de ações de marketing envolvendo os grandes eventos esportivos que apoia - a Coca-Cola é patrocinadora da Fifa e dos Jogos Olímpicos - e na comunicação com as novas gerações. Para Tripodi, foi se o tempo em que a prioridade do anunciante era planejar a comunicação durante o Super Bowl. A bola de vez é a interação em tempo real com os consumidores pela internet.
"Não somos a Apple, que a cada dois meses pode fazer um grande evento e aparecer com um equpamento novo para causar frenesi no mercado. Nosso produto é o mesmo desde que começamos e não podemos mudar a fórmula. Então, quando falamos de inovação para a Coca-Cola, podemos pensar em coisas como embalagens, equipamentos e engajamento de consumidores.
Nesse sentido, em embalagens, criamos a pet PlantBottle com 30% da matéria feita a partir de cana-de-açúcar que seria desperdiçada, o que traz impacto muito positivo para o meio ambiente. Já colocamos dez bilhões delas no mercado. Em equipamentos, gosto muito da Freestyle Machine, que permite o fornecimento de até cem sabores diferentes em nosso portfólio. E em engajamento com os consumidores, focamos nossa comunicação em social, mobile, digital e serviços baseados em localização.
Ao juntarmos tudo isso, criamos cases como a Máquina da Felicidade ou o Sprite Shower, no Brasil".
Fonte: Meio e Mensagem