Manter uma loja hoje em dia
não é fácil por menor que ela seja, cerca de 90% do faturamento mensal está
comprometido com as despesas e os custos operacionais. Nas empresas varejistas, as despesas
se dividem basicamente entre
custos fixos e custos variáveis, é importante conhece-los para poder
praticar preços competitivos, já que o mesmo é uma das ferramentas mais
importante do escopo de marketing.
Dizer que o consumidor hoje não busca
preço e sim qualidade, é uma verdadeira balela; ele quer qualidade nos produtos
e desembolsar pouco dinheiro, temos que considerar que uma boa estratégia de preço leva-o a ação de compra. Sabemos
que, para muitos vendedores, o que vende é o preço, o que em parte não deixa de
ser verdade; é o preço o fator desencadeador ou inibidor de um negócio. É por
isso que se afirma que, o preço é a hora da verdade na venda.
Se os preços forem baixos, o cliente
compra; se forem altos, o comprador pode julgar a venda enganosa, principalmente
se o produto não tiver qualidade. Um comprador hoje, no varejo, dialoga com o
empresário afirmando que, se o produto está sendo vendido a R$ 100 naquele
estabelecimento, há um concorrente que vende o mesmo produto a R$ 85. O
empresário, então, preocupado em fazer caixa e honrar seus compromissos, pensa
bem e resolve vender o produto por R$ 80, ficando feliz por ter conseguido o
pedido.
No entanto, após apurar os resultados
da venda, o prejuízo revela a “estratégia suicida” adotada. Ou seja, decisões
tomadas em cima da necessidade de caixa, podem ser um grande risco para o
negócio, por estar desprezando os custos na formação do preço. Entender
como formar o preço de venda deve ser tarefa fundamental, o preço tem duas
origens básicas, uma interna (custos – produção – serviço) e outra externa, com
base no preço praticado pela concorrência.
Ao estabelecer uma estratégia de
preço, o foco central deve ser em remunerar o capital investido proporcionando
lucro e não inibindo vendas, tarefa difícil, pois o preço é considerado um
valor justo pela posse de um bem. Vale lembrar que bom preço é aquele que o
cliente potencial pensa que é, se você o convenceu da qualidade do seu produto,
mesmo com preço absurdamente alto. Se você não o convenceu de que o produto é
bom mesmo com o preço absurdamente baixo que você colocou na prateleira, o
preço é ruim.
Devem fazer parte na formação de
preços: a economia, a concorrência, a tecnologia, a curva do ciclo de vida do
produto que permite reduzir custos de fabricação e de marketing, mas para você
conseguir vantagem competitiva no mercado,
os custos devem ser muito bem controlados. Se o preço é bem
administrado, proporciona lucro, caso contrário, quando praticado abaixo da
linha de custos, pode ampliar a participação de mercado, mas pode gerar
prejuízo. O empresário quase sempre evita pensar estrategicamente sobre o
potencial de seu negocio, prefere não planejar suas ações, acha que é perda de
tempo.
Para que controlar custos? Lembre-se,
os produtos podem ser semelhantes e até iguais, mas os custos nunca! Cuidado ao
reduzir preços; a experiência comprova que, no Brasil, a mortalidade das
pequenas e microempresas é elevada, cerca de 80% dos novos empreendimentos não
chegam ao segundo ano de vida. Numa economia de forte concorrência, este item
passa a ser uma das mais importantes ferramentas de marketing: ter uma
criteriosa análise de seus custos e preços para conquistar uma maior fatia de
mercado.
Com a globalização e a abundância de
opções no mercado, estão ocorrendo grandes competições no sentido de buscar o
preço ideal do produto, saber diagnosticar o segmento alvo, e averiguar o
custo-benefício do seu produto, procurando incluir serviços de modo a torná-lo
um produto ampliado. Como em uma venda é difícil estar totalmente satisfeito, é
preciso ajudar o comprador a vencer o medo da compra, cabendo ao vendedor
proporcionar garantias ao cliente, de que ele realizou um bom negócio, evitando
a insatisfação pós-compra, procurando tranquilizar o cliente para que ele se
sinta seguro e feliz com a compra e sem nenhum receio.
Para conseguir trabalhar o preço de
forma a proporcionar segurança ao cliente e não inibir vendas, é necessário
criar um encantamento, no qual o cliente não se sinta lesado, e aceite pagar um
preço mais elevado, por algo que ele acha que vale a pena. Se a estratégia de
preços for bem aplicada, ela serve para valorizar o produto ou o serviço, e
ampliar lucros, caso contrário, pode banalizar o bem e inibir o lucro.
A grande hora da verdade é saber o
momento certo, para ter a capacidade de poder comparar produtos, serviços e
preços, identificar os custos de forma
mais ágil e correta, para atender as necessidades de um consumidor exigente num
mercado competitivo.
Agir impulsivamente, atrelando suas
estratégias de preços, com base na concorrência é um alto risco à sobrevivência
do negócio. Faça uma autoanálise, avalie o potencial de seu negócio e,
principalmente, tenha um plano de ação. Não fique alegre por ter conseguido o
pedido, mas feliz na apuração do resultado, o preço pode ser a forma de atrair
compradores, mas inibir também, deve-se atrelar as estratégias de preços em quatro
partes fundamentais: controle dos custos, análise da demanda, concorrência e
liberdade quanto à criatividade para poder encantar o cliente.
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