A palavra de ordem dos empresários de varejo do país é
a busca por eficiência e produtividade. Em todas as rodas de discussão sobre o
desempenho das empresas, a
competitividade e o fazer mais com menos
recursos para estar à frente da concorrência, já
entrou no dicionário do varejo.
Toda boa empresa que tem definido uma estratégia, que
conhece suas forças e fraquezas, e tem bem claro a visão para onde ir, deve saber acompanhar as
mudanças e adaptar-se para poder ter um
diferencial competitivo.
Como exemplo de competitividade vamos concentrar no
perfil do novo consumidor 2.0. A expressão consumidor 2.0, é designada para
apontar o novo consumidor e os conjuntos de características relacionadas às
suas opções de compras, juntamente com as informações que o leva a tomada de
decisão.
Isto é, o novo consumidor tem a tecnologia como
principal ferramenta de decisão. A conquista deste consumidor é muito mais
complexa do que as simples ações publicitárias, já que a tecnologia
proporcionou uma revolução na relação de compra.
Atualmente há uma facilidade muito grande de localizar
os produtos, maiores opções de compras e, principalmente, um senso muito mais
crítico para definição do que e de quem irá consumir. Vamos fazer uma viagem no tempo e compreender se
sua força de vendas acompanhou a evolução do consumidor.
Uma pesquisa de
preço era realizada na sua totalidade
diretamente no estabelecimento comercial (loja), e também se utilizava o
telefone como meio para realizar estas
pesquisas. Como resultado perdia-se um ou dois dias buscando os melhores
preços.
O ato de
comprar era muito mais pessoal, já que o consumidor buscava o vendedor
para conversar e esclarecer dúvidas sobre os produtos, a qualidade era o diferencial para se
concretizar a venda, era comum os vendedores dizerem: “este produto é muito
bom, tem um alto nível de qualidade”.
Com o passar do tempo e os novos perfis de
consumidores, somente o produto de qualidade
e o atendimento não são mais um diferencial, e sim obrigação. Neste
mundo de mudanças em que vivemos, tudo ocorre em uma velocidade na qual
precisamos acompanhar e o cliente exige isso.
A ordem do mercado exige muito
conhecimento, somente através dele é que podemos ter propriedade em
falar sobre produtos, ter melhores técnicas de vendas e melhor desempenho no
atendimento. Não basta uma equipe de
vendas bem preparada, e o restante da organização não acompanhar esse
movimento, em busca da melhoria capacitacional.
São necessários processos claros, entregas eficientes
e principalmente um pós-venda proativo. Hoje para fazermos uma pesquisa de
preço, o consumidor 2.0 leva minutos, não mais que uma hora para visitar mais
que o dobro de lojas que conseguíamos antigamente.
O consumidor mudou muito e o vendedor mudou muito
pouco. Verifica-se que os processos de vendas continuam praticamente os mesmos.
Na verdade o que mudou é que o vendedor
tem um computador para consultar preços e informações adicionais sobre o
produto.
Um bom exemplo
desta afirmação é que a pergunta feita ao entrarmos em uma loja, é praticamente
igual em quase todos os estabelecimentos
comerciais. E o pior, ela é a mesma
desde que não tínhamos internet. Infelizmente, ainda somos abordados por
vendedores que nos questionam “Posso te
ajudar?”, ou “Já foi atendido?”.
Para essas perguntas a resposta comum será exatamente
que o cliente vai pensar e vai responder: “não obrigado, só estou dando uma
olhadinha “. O vendedor não tem nenhuma outra ação eficiente a não ser o
possível comparador na loja, aumentando o seu nível de insatisfação, o que faz
que se perca na grande maioria das vezes
a oportunidade de realizar uma venda,
porque o consumidor neste caso, só olha
e acaba saindo da loja.
O consumidor 2.0 pensa diferente, tem mais informação
que no passado, vive em um mundo onde as
informações estão ao seu alcance em um
simples clique. Antes de sair para as compras, quando faz isso, pode ser que na maioria das vezes realiza e
compara sem sair de casa, pesquisou online, evidentemente não se preocupou com
o preço.
Ele visita sites sobre o produto, compara marcas,
consulta amigos e finalmente toma a
decisão de compra. Comenta sua satisfação ou insatisfação via redes sociais e
em poucos minutos milhares de pessoas
têm acesso a sua informação.
Então, porque o vendedor continua com hábitos antigos
se o comprador tem um novo comportamento?
Resposta simples, porque ele
parou no tempo, e os novos vendedores entraram no ritmo dos antigos. É preciso buscar diariamente mais
conhecimento.
O vendedor precisa se preparar, conhecendo e
entendendo esse novo consumidor,
mudando as perguntas clássicas para começar
a escutar novas respostas. O importante é o lojista se preocupar
em investir em capacitação, somente assim serão competitivos e
preparados para alcançarem melhores resultados.
Antonio Carlos Giuliani: professor e coordenador dos cursos de
Mestrado Profissional e Doutorado em Administração e MBA em Marketing e
Negociação. - UNIMEP. E-mail: giuliani.marketing@uol.com.br
Este artigo foi muito oportuno pois estou iniciando na área de vendas, trabalho com um produto que é um sistema que mensura a satisfação do cliente em relação ao negócio do empreendedor, analisando desde o atendimento, qualidade dos produtos até estrutura do local e pesquisa corporativa, fornecendo insumos para que se possa tomar decisões corretivas e de investimento para o seu negócio.
ResponderExcluirAlfredo Guimarães
Consultor em Ti
alfredogui@gmail.com